terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Capítulo Sete - Discussão de negócios


                Carlos acordou assustado. Tinha sido um sonho horrível. Apesar de acostumado a ter pesadelos, em virtude de sua vida extremamente entediante, esse era diferente. Parecia muito real, real demais. No sonho, havia dois homens conversando, sentados uma enorme mesa, um em cada extremidade. Parecia ser uma mesa de reuniões de uma grande empresa, porém, não se viam funcionários. A iluminação era fraca, apenas uns feixes de luz azulada invadiam a sala por baixo das persianas cor marfim, colorindo a sala com as luzes de uma cidade que nunca dorme. Apesar de aquilo parecer uma reunião, os homens não falavam uma palavra sequer, apenas ficavam lá sentados encarando um ao outro.
                Também notou que não podia se mover, por mais que tentasse, era como se só estivesse assistindo à uma projeção, uma sequência de fatos, que imaginava que fossem muito importantes. Decidiu então prestar mais atenção, e notou que os homens não tinham rosto. Eram apenas dois corpos humanóides mas no lugar de uma face humana, apenas um manto negro lhes cobria a parte posterior da cabeça, não entendeu o significado, porem aceitou as circunstancias.
                Foi então que ouviu algo. Um som muito parecido com um gemido, mas que vinha carregando o medo e a angustia para dentro de Carlos, era como se escutasse aquilo apenas em sua mente, seus ouvidos não eram capazes de decifrar a tal freqüência dos sons. Deduziu que o som vinha de um dos homens, não era possível identificar a qual pertencia a voz de sua mente, contudo, isso se tornaria inútil, pois agora eram duas vozes em uníssono, gemendo ou cantando, rindo ou chorando, não sabia. Podiam muito bem estarem se comunicando entre si, planejando algo, algo que envolvesse a Carlos. Decidiu esquecer isso, não levaria a nada.
                Até que finalmente entendeu uma palavra que os homens disseram: “aqui”. Bem, isso não significava nada, pelo menos pra ele. Talvez estivessem falando de um futuro encontro, para discutir assuntos inacabados naquele dia, talvez aquilo fosse realmente uma rotina dos homens, se encontrarem naquele lugar todos, ou em alguns dias para resolver problemas, ou simplesmente conversar. Podiam muito bem estar falando de planos, algo que ia acontecer, ser executado naquele lugar, afinal era uma sala de reuniões, varias pessoas passariam, eventualmente pelo mesmo caminho, então seria uma estratégia perfeita. Foi então que veio em sua mente, como um flash, porem sabia que era isso. Os homens falavam dele, Carlos, ele estava “aqui”, presente naquela sala, escutando o que falavam, mesmo sem entender uma palavra.
                O sangue de Carlos congelou. Quando voltou-se novamente para os homens, ambos o olhavam fixamente, muito próximos, já fora de seus assentos. Acordou, era outro dia, outro dia incrível na vida excitante de um simples funcionário que fazia planilhas eletrônicas pra uma empresa gigante, ganhando um salário precário, e sendo subjugado por seus superiores e até pelos que considerava amigos. Olhou seu relógio sobre a cabeceira da cama. Marcava 5 h da manha do dia 13 de abril de 2012, aquele ano seria uma droga. Já previa. Abriu a gaveta e agarrou o revólver, examinou-o e o guardou novamente, talvez outro dia, mas não hoje.

             Antes de encerrar o capítulo, gostaria de pedir um favor. Eu PRECISO do feedback de vocês. O que estão achando? Como estão ficando os capítulos? O que está bom? O que devia melhorar? O que não deveria mais aparecer? Eu preciso saber como estou escrevendo, afinal, não sou eu que leio. Eu também gostaria de saber pra quem estou escrevendo, se é que muitas pessoas leem isso. Porque eu não me importo de escrever pra 7 ou 7000 pessoas, se pelo menos 1 pessoa estiver lendo o que eu escrevo nesse blog, eu vou continuar, porem eu preciso de incentivo. Gostou? Deixe um comentário, e diga o porquê. Não gostou? Faça o mesmo. Mas eu quero saber como esta o andamento disso. E finalmente, divulguem, contem pros amigos, pro papai, pra mamãe, pro vovô, pra vovó, pro cachorro, pra seu amigo imaginário, enfim, compartilhe isso com o máximo possível de pessoas, é só isso que eu peço.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Capítulo Seis - Buraco de Rato

Muy bien chicos, o capitulo de hoje


                E eu pensei que seria mole arrancar alguma coisa daquele arcanjo. Bem, se até na viagem eu quase morri, eu nem queria imaginar o que aconteceria durante uma missão de verdade. Quando saí do vale, segui em direção ao litoral até o anoitecer. Nada de muito interessante ocorreu nesse espaço de tempo. Enquanto andava, pude notar tudo, tipo, tudo mesmo. Eu percebi cada alteração de temperatura, terreno ou vegetação. O vale era rodeado por uma grande floresta de arvores muito diversificadas, muitas delas bem baixas como arbustos, porem nenhuma com frutos o que me fez acreditar ainda mais na existência de alguém naquela região. Quem, ou o que vivia ali, provavelmente morava naquela casinha no centro do vale e se alimentava dos frutos das arvores da região, isso explicaria a falta de produtividade da vegetação.
                Continuei minha caminhada em direção a Haz muito vagarosamente, eu sabia que os arcanjos não gostavam de ficar esperando e esse era exatamente o propósito. Logo adiante, avistei um amontoado de rochas, uma formação muito estranha pra ter sido criada naturalmente. Aproximando-me, pude notar que em cima do conjunto repousava uma adaga de ferro que devia estar ali há muito tempo, porem estava completamente polida e afiada. Peguei a adaga e logo senti que talvez tivesse sido um erro. Quando eu a retirei, notei que havia uma rocha incrivelmente plana abaixo dela, que provavelmente teria sido feita especialmente para a adaga, pois quando o peso da lamina deixou a placa, ela imediatamente subiu, como se fosse uma placa de pressão.
                Idiota! O que aconteceria agora? Lanças sairiam do chão? Pêndulos afiados seriam arremessados das arvores e me cortariam em dois? Tigres raivosos arrancariam minha pele?  Bom, felizmente, nada disso aconteceu, muito pelo contrario, aquela placa de pressão abriu um caminho no chão entre as folhagens caídas e eu pude ver uma escada. Desço ou não desço? Tudo bem, o que eu tenho a perder não? Decidi prossegui em direção aos degraus. Era um buraco de rato. Literalmente. Era simplesmente um túnel cavado no meio da terra com alguns pilares de sustentação. Até as raízes das arvores eram visíveis, o que não me deixou nada confortável. A iluminação era extremamente precária, haviam apenas algumas tochas aqui e lá, todas muito desgastadas e quase em seu fim. Mas o pior é que aquele túnel me dava uma sensação de medo gigantesca. Era como se eu ficasse esperando alguém sair das paredes e me atacar. Não raciocinava direito, eu só queria chegar ao fim daquele inferno de túnel e ver o sol novamente. A quanto tempo estava lá? Dez minutos? Dez horas? Dez dias? Tinha perdido totalmente a noção do tempo, e também de todo o resto. Eu estava enlouquecendo e sabia que se não saísse de lá logo, não voltaria mais.
                Eu andava rapidamente, não, eu corria rapidamente na direção do que eu imaginava que fosse uma saída. Era apenas um ponto claro, um feixe de luz que vinha do fim do túnel. Estava esbarrando em tudo, já havia derrubado varias tochas, uma até queimou parte da minha roupa. Já não sentia mais minhas pernas ou qualquer outra parte do meu corpo quando eu simplesmente sentei e esperei a morte. Que maneira ridícula de morrer não? Nem havia começado minha jornada e já caíra em uma armadilha armada por um ladrão ou assassino. Não tinha mais forças, não podia continuar. Até que ouvi uma voz.
                - Então garoto? O que achou? – a voz era metálica e rouca como se passasse através de canos para chegar a mim.
                - Quem é você? Eu juro que se não me tirar daqui eu vou...
                - Vai o que? Não sei se percebeu, mas esse é o meu reino, aqui você é só um peão e eu sou o Deus.
                - Tudo bem senhor deus, o que quer comigo?
                - Direto ao ponto? Mas vamos conversar um pouco primeiro certo?
                - Eu realmente tenho cara de alguém que está disposto a conversar com um maníaco que prende pessoas em um túnel de rato?
                - Bom argumento garoto, mas então, se eu te levar de volta, você concorda em conversar comigo?    
                - Claro, só me tire daqui.
                Foi então que tudo ficou claro, em um piscar de olhos eu estava em outro lugar, em um buraco na terra, um circulo de aproximadamente cinco metros de diâmetro e eu estava bem no centro. Olhei para o chão e vi varias inscrições. Uma runa! Que estúpido! Eu cai em uma runa de ilusão, ela me prendeu eu um túnel imaginário que eu nunca poderia sair. Do outro lado do circulo uma figura repousava. Um homem muito velho com barba e cabelos longos e grisalhos. Usava uma grande túnica azul marinho com detalhes prateados, que lhe cobria todo o corpo inclusive a cabeça, deixando a mostra só suas mãos e seu rosto que por sua vez era coberto por uma mascara laranja totalmente lisa, sem mesmo buracos para os olhos. Me aproximei do homem cautelosamente e perguntei:
                - Então, o que quer comigo?
                - Garoto, você vai encontrar um arcanjo não?
                - Sim senhor.
                - Então sente-se, precisamos muito conversar.
                

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Capítulo cinco - Lagrimas, partidas


Opa e ai cambada? Bom primeiramente quero me desculpar pela falta de posts. Mas é que eu tinha saído de ferias, e não tinha pc e talz. Mas estamos de volta! Eu estou pretendendo, PRETENDENDO, fazer dois capítulos por semana, um na terça e outro na quinta então vamos ver no que é que dá isso, mas enfim, ao capítulo de hoje.


                - Tudo bem pai, não se preocupe, antes que você perceba eu já vou estar de volta.
                - Mas eu estou preocupado em você não voltar. Tem certeza que é seguro?
                - Pai, eu vou estar acompanhada de mais duas pessoas, mesmo que for perigoso, acho
que vamos dar conta.
                - Filha, eu falei com seu irmão, e ele disse que estaria disposto a ir em seu lugar nessa missão e ele...
                - Droga pai! Será que o senhor não pode me dar um voto de confiança? O que o Gary tem que eu não tenho? Isso é só porque ele é homem não é? Eu me preparei a minha vida toda para uma missão como essa e quando eu finalmente sou convocada para uma o senhor quer que eu abra mão dela simplesmente porque ele quer ir no meu lugar?
                - Você sabe muito bem que não por isso que eu não quero que você vá. Filha, você é minha garotinha, e sempre será. Eu não suportaria nem pensar em te perder. Seu irmão já é um homem e mesmo eu o amando muito, eu sei que se eu o perder, ainda terei você aqui do meu lado.
                - Eu entendo pai, mas eu te prometo que se você me der uma chance, eu vou provar que eu consigo fazer qualquer coisa e ainda vou voltar pra casa pronta pra de dar mais um abraço.  
                Nesse momento a porta da casa se abre e um homem de armadura completa entra e avisa:
                - Senhorita Mayra, a sua carruagem a espera.
- Então pai, é agora ou nunca. O que o senhor me diz?
- Tudo bem filha. Você cresceu e eu tenho que aceitar isso, mas lembre-se da sua promessa. Você vai voltar.
- Sim pai, eu prometi e vou cumprir. Fique me esperando que eu volto em breve. – mal sabia o pobre homem que “em breve” significaria muito mais tempo do que ele podia imaginar.

OMGGGG, que capítulo minusculo o.O
Poise, acostumem-se porque os capítulos da terça feira serão geralmente muito menores que o normal, por que eu não tenho tempo na segunda pra faze-los então... Deal with it!