Carlos
acordou assustado. Tinha sido um sonho horrível. Apesar de acostumado a ter
pesadelos, em virtude de sua vida extremamente entediante, esse era diferente. Parecia
muito real, real demais. No sonho, havia dois homens conversando, sentados uma
enorme mesa, um em cada extremidade. Parecia ser uma mesa de reuniões de uma
grande empresa, porém, não se viam funcionários. A iluminação era fraca, apenas
uns feixes de luz azulada invadiam a sala por baixo das persianas cor marfim,
colorindo a sala com as luzes de uma cidade que nunca dorme. Apesar de aquilo
parecer uma reunião, os homens não falavam uma palavra sequer, apenas ficavam
lá sentados encarando um ao outro.
Também notou
que não podia se mover, por mais que tentasse, era como se só estivesse assistindo
à uma projeção, uma sequência de fatos, que imaginava que fossem muito
importantes. Decidiu então prestar mais atenção, e notou que os homens não tinham
rosto. Eram apenas dois corpos humanóides mas no lugar de uma face humana,
apenas um manto negro lhes cobria a parte posterior da cabeça, não entendeu o
significado, porem aceitou as circunstancias.
Foi então
que ouviu algo. Um som muito parecido com um gemido, mas que vinha carregando o
medo e a angustia para dentro de Carlos, era como se escutasse aquilo apenas em
sua mente, seus ouvidos não eram capazes de decifrar a tal freqüência dos sons.
Deduziu que o som vinha de um dos homens, não era possível identificar a qual
pertencia a voz de sua mente, contudo, isso se tornaria inútil, pois agora eram
duas vozes em uníssono, gemendo ou cantando, rindo ou chorando, não sabia. Podiam
muito bem estarem se comunicando entre si, planejando algo, algo que envolvesse
a Carlos. Decidiu esquecer isso, não levaria a nada.
Até que
finalmente entendeu uma palavra que os homens disseram: “aqui”. Bem, isso não significava
nada, pelo menos pra ele. Talvez estivessem falando de um futuro encontro, para
discutir assuntos inacabados naquele dia, talvez aquilo fosse realmente uma
rotina dos homens, se encontrarem naquele lugar todos, ou em alguns dias para
resolver problemas, ou simplesmente conversar. Podiam muito bem estar falando
de planos, algo que ia acontecer, ser executado naquele lugar, afinal era uma
sala de reuniões, varias pessoas passariam, eventualmente pelo mesmo caminho, então
seria uma estratégia perfeita. Foi então que veio em sua mente, como um flash,
porem sabia que era isso. Os homens falavam dele, Carlos, ele estava “aqui”,
presente naquela sala, escutando o que falavam, mesmo sem entender uma palavra.
O sangue
de Carlos congelou. Quando voltou-se novamente para os homens, ambos o olhavam
fixamente, muito próximos, já fora de seus assentos. Acordou, era outro dia,
outro dia incrível na vida excitante de um simples funcionário que fazia
planilhas eletrônicas pra uma empresa gigante, ganhando um salário precário, e
sendo subjugado por seus superiores e até pelos que considerava amigos. Olhou seu
relógio sobre a cabeceira da cama. Marcava 5 h da manha do dia 13 de abril de
2012, aquele ano seria uma droga. Já previa. Abriu a gaveta e agarrou o
revólver, examinou-o e o guardou novamente, talvez outro dia, mas não hoje.
Antes de encerrar o capítulo, gostaria de pedir um favor. Eu PRECISO do feedback de vocês. O que estão achando? Como estão ficando os capítulos? O que está bom? O que devia melhorar? O que não deveria mais aparecer? Eu preciso saber como estou escrevendo, afinal, não sou eu que leio. Eu também gostaria de saber pra quem estou escrevendo, se é que muitas pessoas leem isso. Porque eu não me importo de escrever pra 7 ou 7000 pessoas, se pelo menos 1 pessoa estiver lendo o que eu escrevo nesse blog, eu vou continuar, porem eu preciso de incentivo. Gostou? Deixe um comentário, e diga o porquê. Não gostou? Faça o mesmo. Mas eu quero saber como esta o andamento disso. E finalmente, divulguem, contem pros amigos, pro papai, pra mamãe, pro vovô, pra vovó, pro cachorro, pra seu amigo imaginário, enfim, compartilhe isso com o máximo possível de pessoas, é só isso que eu peço.
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