terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Capítulo dois - Então, um mercenário


                - Aguardava a minha chegada? – disse o celestial quebrando o silencio
                - O que você imagina? – respondi rispidamente
                - Se eu fosse você, exilado, falaria com mais respeito com alguém tão poderoso – eu cheguei a comentar da grande humildade do povo do vento?
                - E então? Os outros não vêm não é?
                - Imagino que não. Se não fosse de meu interesse, eu mesmo não teria vindo a seu encontro.
                - De seu interesse? Mas por que isso lhe interessaria tanto?
                - Em breve saberá carnal, agora, por que me chamas?
                - Porque eu quero saber quem eu sou, simplesmente isso. Não acha que é um motivo importante o bastante?
                - Ora, ora. O rapaz se sente sozinho no mundo. Comovente.
                - Não me irrite Oxy, não estou afim de fazer uma besteira aqui.
                - E o que de tão magnífico alguém tão poderoso poderia fazer? – o sarcasmo do celeste fervia-me o sangue. -Bem, eu tenho medo somente em pensar em algo asism.
                - Tudo bem, mas vamos ao que interessa. Você...
                - O senhor.
                - Não abusa beleza?
                - Se não desejas se dirigir a mim com respeito, não desejo responder-lhe.
                - Ok. O senhor poderia esclarecer as minhas duvidas?
                - Talvez. Mas tudo tem um preço.
                - Como assim? Não tenho dinheiro. Sou um desgraçado neste mundo, não tenho comida e muito menos uma casa. Nada posso lhe oferecer.
                - Você me pagará com serviços. Na verdade, pagará a mim e a meus irmãos. Sempre que precisarmos de você para algo, o chamaremos. E você respondera.
                - Mas por que eu? Não possuo nenhuma habilidade que me diferencie, ou pelo menos que me iguale aos seus guerreiros, senhor do vento. Não tenho poderes, força, ou armas para me defender.
                - E é para isso que vão servir essas missões. Com elas, você será obrigado a exibir sua verdadeira força simplesmente para sobreviver.
                - Mas e se eu acabar por falhar antes disso acontecer?
                - Bem, a responsabilidade disso não será minha. Você deve se defender com tudo o que lhe parecer propicio. Use sua inteligência e sua criatividade e os inimigos cairão a seus pés.
                - Alguém mais me acompanhara nessas missões?
                - É claro que não lhe mandaríamos sozinho e desprotegido, se você morresse, nossos planos seriam descobertos. Você será acompanhado de duas pessoas. Deegan, um mago do templo da água, e Mayra, uma guerreira do fogo. Ambos têm experiência em campo e devem lhe ser muito uteis.
                - E qual é a minha primeira missão?
                - Isso não cabe a mim. Vá para a costa, no templo de Haz, Deegan e Mayra já devem estar lhe aguardando. Thalion lhes dará a primeira tarefa.
                - Obrigado Ox... Digo senhor Oxy.
                - Melhor. Agora vá.
                Virei-me e fui andando, porem quando já estava saindo da clareira Oxy me surpreendeu.
                - Boa sorte, e não morra.
                - Vou tentar. Obrigado. 

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